Cobra Urutu Cruzeiro

 

Principais características da urutu cruzeiro:

 

- A Bothrops Alternus, popularmente conhecida como urutu cruzeiro, é uma cobra muito venenosa. Seu veneno é um dos mais tóxicos entre todas as cobras encontradas em território brasileiro.

 

- A cobra urutu cruzeiro vive, em média, vinte anos.

 

- Possui as presas vasadas por canais, utilizados para inocular o veneno, que é produzido pelas glândulas.

 

- Seu período de atividade é crepuscular (no final da tarde) e a noite.

 

- Uma cobra adulta desta espécie possui de 1,10 a 1,60 metros de comprimento.

 

- É uma cobra agressiva quando se sente ameaçada. Possui o bote muito rápido, dificultando assim a fuga de sua presa.

 

- Possui a pele com a presença de três cores: castanho-escuro, castanho-claro e bege. O castanho-claro é a cor de fundo da pele, possuindo desenhos em castanho-escuro em formato de letra “U”.



Habitat


A cobra urutu cruzeiro vive em áreas de matas, campos e brejos nas regiões sul, centro-oeste e sudeste do Brasil. É encontrada também em regiões de campos da Argentina e Paraguai.



Alimentação

 

A urutu cruzeiro se alimenta basicamente de lagartos, aves, ratos, preás, camundongos e outros mamíferos de pequeno porte.



Reprodução


A reprodução da urutu-cruzeiro é do tipo vivípara, o que significa que os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da fêmea, e não em ovos depositados no ambiente. Após o acasalamento, que ocorre geralmente na estação chuvosa, o embrião se desenvolve no útero materno, alimentando-se por meio de uma estrutura semelhante à placenta. O período de gestação dura cerca de quatro a cinco meses, ao final do qual a fêmea dá à luz de 10 a 20 filhotes totalmente formados e prontos para a vida independente. Esses filhotes já nascem com glândulas de veneno ativas, sendo capazes de caçar e se defender desde o nascimento.

 

Foto da cobra urutu-cruzeiro

Urutu-cruzeiro (Bothrops Alternus): um dos venenos mais tóxicos entre as serpentes do Brasil.

 

 

 

Curiosidades biológicas:


- Seu nome popular “cruzeiro” vem do desenho em forma de cruz (ou cruz de ferro) presente na parte superior de sua cabeça, o que a torna facilmente reconhecível entre as serpentes peçonhentas do Brasil. Esse padrão visual, além de característico, contribui para sua camuflagem em ambientes de vegetação seca e folhagens.

 

- Como esta cobra tem hábitos crepusculares e noturnos, sua visão é pouco desenvolvida.


Classificação científica

 

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Subordem: Serpentes

Família: Viperidae

Gênero: Bothrops

Espécie: B. alternus

 

 

 


 

Artigo revisado por Tânia Cabral - Professora de Biologia e Ciências - graduada na Unesp, 2001.

Atualizado em 12/08/2025