Classificação do Ser Humano no Reino Animal

 

CLASSIFICAÇÃO DO SER HUMANO NO REINO ANIMAL


A classificação do ser humano dentro do Reino Animal é uma construção científica baseada em critérios anatômicos, fisiológicos, genéticos e evolutivos. Esse processo, chamado de taxonomia, permite organizar os seres vivos em grupos hierárquicos de acordo com suas semelhanças e relações evolutivas. O Homo sapiens, nome científico da nossa espécie, está incluído em diversos níveis de classificação, desde os mais amplos até os mais específicos, inserindo-nos dentro de um conjunto de organismos com os quais compartilhamos ancestralidade comum.



O ser humano no Reino Animal

O ser humano pertence ao Reino Animalia, grupo que inclui todos os animais. Os membros desse reino são organismos multicelulares, heterotróficos (ou seja, que obtêm energia a partir da ingestão de matéria orgânica), eucariontes (cujas células possuem núcleo verdadeiro). Além disso, a maioria apresenta tecidos organizados e capacidade de locomoção em pelo menos alguma fase da vida.

No caso específico do ser humano, além dessas características gerais, destacam-se atributos particulares que justificam sua inserção em classificações taxonômicas mais específicas dentro do Reino Animal.



Classificação taxonômica completa do ser humano


A seguir, apresenta-se a hierarquia taxonômica que inclui o ser humano:

- Reino: Animalia – inclui todos os animais multicelulares e heterotróficos.

- Filo: Chordata – grupo dos animais que possuem notocorda em alguma fase da vida, estrutura que antecede a coluna vertebral.

- Subfilo: Vertebrata – engloba os animais que possuem vértebras, como peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

- Classe: Mammalia – mamíferos são animais que apresentam glândulas mamárias, pelos e outras características como homeotermia e três ossos no ouvido médio.

- Ordem: Primates – grupo que inclui animais com grande capacidade cerebral, visão desenvolvida, membros adaptados à preensão e comportamento social complexo.

- Família: Hominidae – conhecidos como grandes primatas ou hominídeos, incluem os seres humanos, chimpanzés, gorilas e orangotangos.

- Gênero: Homo – gênero exclusivo dos seres humanos modernos e seus ancestrais diretos mais próximos, como o Homo erectus e o Homo habilis.

- Espécie: Homo sapiens – espécie atual dos seres humanos, dotada de alta capacidade cognitiva, linguagem articulada e cultura complexa.



Características compartilhadas com outros animais


Ao longo dessa classificação, o ser humano compartilha inúmeras características com os outros organismos agrupados nas mesmas categorias. Por exemplo:


- Com todos os animais: a multicelularidade, o consumo de matéria orgânica e a reprodução predominantemente sexuada.

- Com os cordados: a presença de notocorda, tubo neural dorsal e fendas branquiais em algum momento do desenvolvimento embrionário.

- Com os vertebrados: a coluna vertebral, crânio envolvendo o cérebro e sistema nervoso central avançado.

- Com os mamíferos: a presença de glândulas mamárias, placenta (na maioria das espécies), pelos corporais e coração com quatro câmaras.

- Com os primatas: mãos com polegar opositor, visão binocular e colorida, cérebro desenvolvido e cuidado parental.

- Com os hominídeos: postura ereta parcial ou total, uso de ferramentas, estruturas sociais complexas e elevada inteligência.

- Com os do gênero Homo: maior capacidade craniana, linguagem rudimentar (nos ancestrais), domínio do fogo e produção de artefatos.

- Como Homo sapiens: linguagem simbólica, pensamento abstrato, cultura acumulativa e comportamento altamente adaptável.



Importância da classificação

A classificação do ser humano dentro do Reino Animal não tem apenas função organizadora, mas também revela informações fundamentais sobre nossa origem evolutiva, nossos parentes mais próximos e a trajetória biológica que levou ao surgimento das capacidades humanas modernas. Estudar essa classificação permite compreender os laços evolutivos com outros primatas e reforça a ideia de que os seres humanos são parte integrante da biodiversidade terrestre, com responsabilidades ecológicas, éticas e biológicas nesse contexto.


 

 

Artigo revisado por Tânia Cabral - Professora de Biologia e Ciências - graduada na Unesp, 2001.

Atualizado em 11/08/2025