Crustáceos
Conheça nesta página as características dos crustáceos, classificação, habitat e reprodução.
O que são (definição biológica)
Os crustáceos são animais invertebrados e pertencem à classe dos artrópodes, desta classificação fazem parte os seres que possuem pernas articuladas, mas sem espinha dorsal. Também pertencem a esta categoria a craca (encontradas em ecossistemas litorâneos), o camarão, a lagosta e o caranguejo.
Existem mais de 50.000 espécies conhecidas de crustáceos, ocupando uma ampla gama de habitats, desde ambientes de água doce a ambientes marinhos e dos trópicos às regiões polares.
Características dos crustáceos:
• A maioria dos crustáceos habita no mar, mas há algumas espécies de caranguejos que são capazes de viver também no ambiente terrestre. O bicho-de-conta (também conhecido como tatuzinho), encontrado facilmente nos jardins domésticos, também faz parte desta classe.
• Quase todos os seres desta espécie nascem de ovos, sendo que maioria deles atravessa uma fase intermediária pelo qual se mostram muito diferentes dos animais em que se transforma quando adultos. Ao chegarem à fase adulta, cobrem-se com uma casca-grossa (carapaça). Posteriormente, essas cascas sofrem um processo natural de mudança e substituição.
• A maioria dos crustáceos se reproduz sexualmente, com indivíduos machos e fêmeas separados. Muitas espécies têm rituais de acasalamento complexos e, em alguns casos, a fêmea carrega os ovos em seu corpo até que eclodam.
• Os crustáceos de menor tamanho servem de alimento para muitos peixes, principalmente quando ainda se encontra em sua forma larval; nesta fase são devorados em grandes quantidades por algumas espécies de baleias. Estas preferem alimentar-se de camarões que, por sua parte, também se alimentam de outros tipos de crustáceos. Desta forma, o equilíbrio da cadeia alimentar no ecossistema aquático é mantido.
• Os hábitos alimentares dos crustáceos variam muito, sendo alguns herbívoros, outros onívoros e outros ainda carnívoros ou necrófagos. A maioria dos crustáceos mastiga sua comida com mandíbulas antes de passar pelo resto do sistema digestivo.
• A maioria dos crustáceos tem o corpo dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen. Eles normalmente possuem dois pares de antenas, olhos compostos e peças bucais conhecidas como mandíbulas. Ao contrário de outros artrópodes, muitos crustáceos têm corpos protegidos por um exoesqueleto rígido, que eles precisam mudar para crescer.
• Outra característica é que esses animais possuem uma variedade de órgãos sensoriais. Eles têm olhos compostos que podem detectar luz e movimento, antenas que podem captar sinais químicos no ambiente e pelos sensoriais que podem detectar correntes de água e vibrações.
• Os crustáceos são bem conhecidos por seus apêndices versáteis que podem ser especializados para várias funções, como caminhada, natação, alimentação e reprodução.
• Os crustáceos respiram por guelras, assim como os peixes. O número e a posição dessas brânquias podem variar entre as diferentes espécies, mas geralmente estão localizadas perto da base dos apêndices.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Curiosidades biológicas:
- A palavra crustáceo origina-se do latim, onde crusta significa carapaça dura.
- O coração do camarão, um dos crustáceos mais conhecidos, fica situado na cabeça do animal.
- O menor crustáceo que há na natureza é a pulga da água, cujo tamanho é tão reduzido que ela mal pode ser visualizada a olho nu. O maior deles é um caranguejo, encontrado no Japão, pois ele possui pernas muito grandes e estas possibilitam que ele se movimente em grande velocidade.
- A Carcinologia é o ramo da Zoologia que estuda os crustáceos.
Caranguejo: um crustáceo muito conhecido. |
Atualizado em 29/07/2023
Por Elaine Barbosa de Souza
Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Metodista de São Paulo.
Temas relacionados
Bibliografia Indicada
- BIZZO, Nélio. Biologia Novas Bases. São Paulo: Editora Ibep, 2016.
- AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia Moderna. São Paulo: Editora Moderna, 2016.