Bioma Caatinga
A Caatinga é um bioma presente na região do sertão nordestino. Saiba mais neste artigo.
O que é
A Caatinga é um bioma brasileiro, conhecido como um sertão seco e difícil de se viver, com chuva irregular e mal distribuída, a caatinga é o único tipo de bioma que só existe aqui no Brasil. Apesar do clima difícil a caatinga é uma floresta seca com uma imensa diversidade biológica de flora e fauna.
Localização e dados gerais do bioma
A caatinga ocupa uma área com cerca de 730 quilômetros quadrados de extensão, mais ou menos 7% do território nacional, seu território ocupa partes dos estados de Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas Bahia e Minas Gerais.
Com um clima semiárido, não é só um território que agrega fortes secas, ela também conta que uma gama de biodiversidade de espécies que só podem ser encontradas nesse tipo de território.
Características da fauna e da flora
Por conta do clima árido as plantas dessa região se adaptam ao modo de coletarem e armazenarem água para o período de seca que costuma durar quase o ano todo.
Em regiões em que a caatinga tem um solo mais úmido, podemos encontrar arvores comuns como o famoso juazeiro, a aroeira e a baraúna e algumas vegetações.
Nas regiões mais secas a plantação fica por conta de arbustos e plantas mais baixas que cobrem o solo, os cactos são comuns nessas áreas como o facheiro, o mandacaru, o xique-xique eles também servem como alimento para os animais em épocas de seca e as bromeliáceas.
Exemplos de animais e plantas
Alguns animais ameaçados de extinção vivem nesse bioma brasileiro como é o caso da ararinha-azul onde seu último exemplar dessa espécie não foi vista vivendo na natureza desde o final dos anos 2000. Outros animais conhecidos e populares da região são o sapo-cururu, cutia, asa branca, gambá, veado-catingueiro, tatupeba, preá e o sagui-de-tufos-brancos são exemplos das espécies dessa área.
Já as plantas típicas, em sua maioria xerófitas, dessa região não há um catálogo enorme de diversidades devido ao clima, que fazem com que as plantas sejam de densidade baixa e que consigam ter adaptação para lugares sem muita água.
São alguns exemplos da flora da caatinga o cacto, juazeiro, umbuzeiro, palma, mandacaru, carnaúba, cajueiro, cajazeira, ipê amarelo, aroeira, faveleira, catingueira, oiticica, jurema.
Palma: planta típica da vegetação da Caatinga. |
Geografia (solo, rios, relevo e clima)
Essa região apresenta o maior número de rios intermitentes, ou seja, rios que secam em algumas de suas partes pela falta da água da chuva.
Sua temperatura média costuma ser elevada, normalmente acima dos 27°C e suas chuvas escassas e em períodos irregulares.
O clima semiárido e o processo de desmatamento, poluição e efeito estufa desequilibraram o eco sistema da região e nos últimos anos a caatinga vem sofrendo com o processo de desertificação e salinização do solo, ou seja, cerca de quarenta mil quilômetros da região estão se transformando em deserto.
Essa salinização é consequência do uso indevido do solo da caatinga e se agravou devido à evaporação do resultado das altas temperaturas que cada ano tem subido mais com o aquecimento global.
Desmatamento
Apesar do foco do desmatamento ser a região da Amazônia, a caatinga também sofre com esse mal.
Essa região foi bastante explorada pelo uso desacelerado da sua vegetação para o cultivo da lenha pelo pastoreio desde o final do século XVI e pela prática da inadequada da agricultura desse bioma brasileiro.
Importância da conservação
Os trabalhos com a diminuição do impacto da seca nessa região é importante para manter a conservação desse bioma, ele é o único bioma encontrado só aqui no Brasil, considerado como patrimônio natural, além de conservar boa parte de um dos principais rios do Brasil, o rio são Francisco, a caatinga guarda uma diversidade tradicional, rica e única desse bioma.
Curiosidade
- O nome caatinga origina-se da língua indígena tupi e tem significado "mata branca", devido ao seu clima semiárido, seu solo ser seco e dificilmente estar coberto pela vegetação verde.
Última revisão: 23/03/2021
Por Elaine Barbosa de Souza